A pele que me cobre
A cruel verdade sobre a origem da bela idumentária de frio. O custo da elegância é o tema da estréia do quadro 'O que eles não te disseram'.
Entre búfalos e leões
A 'A vida em seu curso' revela uma análise sobre as táticas adotadas por dois gigantes das savanas africanas na luta pela sobrevivência. Confira no site.
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Apresentando as duas raças da semana. O gato de pelos encaracolados e o cão que veio fugido dos horrores da Revolução Francesa.
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Pequenos mas preocupantes, eles mostraram que a lista de perigos em uma guerra abrangia um pouco mais do que o esperado. Saiba porque, no primeiro post da nova série '7 surtos'.
sábado, 24 de março de 2012
Sobre o autor
Sobre o
autor
Me
recordo sempre da minha infância, dos tempos que não voltam. Da
saudade que se tem de ser ingênuo e de não precisar se preocupar
com nada além de seus próprios brinquedos. E eu os tinha em grande
quantidade, e mesmo quando eles quebravam ou se perdiam, sempre
consegui encontrar uma maneira de sobreviver confeccionando os meus
próprios. Nasciam então bonecos de papel e papelão, os rostos
pintados pelas minhas próprias mãos, e embora talvez não
parecessem com os brinquedos reais e comercializados, serviam
perfeitamente como elenco para as histórias malucas da minha cabeça
juvenil. Uma das poucas coisas de que me lembro bem sobre a minha
infância, é do fanatismo que tinha e sempre tive por animais.
Enquanto os outros garotos brincavam com miniaturas de modelos de
carro, eu fazia questão de que todos da minha família soubessem
exatamente com que tipo de brinquedo me presentear nos aniversários,
dia da criança, etc. Não importava que fossem animais repetidos, da
mesma espécie, até porque eles geralmente variavam em pose, tamanho
e cor, o importante era a quantidade. Eu costumava guardá-los em
duas sacolas cheias cuja coloração e aspecto ainda me lembro bem.
Eu cresci e eventualmente, aquelas sacolas se perderam entre o passar
dos anos. Não me lembro exatamente o que aconteceu com elas, ou com
os brinquedos que elas guarneciam, apenas que foram sumindo e sumindo
gradativamente até que um certo dia percebi meu zoológico muito
pobre de espécimes.
Chegou
o tempo em que parei de colecioná-los, não por ter enjoado, mas
porque brinquedos em geral não mais me enchiam os olhos. Mas aquela
fascinação continuava sempre ali me acompanhando, seguindo o meu
crescimento, mudando o modo de enxergar tudo o que me cercava. As
baleias eram as minhas preferidas, assim como todas as criaturas que
vagavam ao sabor das correntes marinhas. O modo como aqueles bichos
extremamente grandes se moviam lenta e graciosamente pelos oceanos, a
forma serena de se moverem me proporcionava uma calma alegre, um
deslumbramento. E isso me aproximou mais à eles, foram aqueles
animais que causaram em mim tamanho fascínio, que me induziram a
estudar o seu comportamento, a ter curiosidade sobre o ambiente em
que vivem. Como eles viviam? Como se alimentavam? Quem era o maior? E
o mais pesado? Perguntas assim começaram a bombardear a minha cabeça
desde os meus dez anos, e não cessaram até hoje. A curiosidade
sobre um determinado tema implica na vontade do curioso de conhecer sobre
aquilo a ponto de comentar, nem que seja uma palavra sobre, quando o
assunto vier à mesa. E quem não se sente bem ao expressar uma
opinião sobre aquilo que gosta e sabe? E é essa a forma como me sinto. O mais incrível sobre os seres vivos é que quanto
mais você acha que se aprende sobre eles, mais você percebe que
ainda não aprendeu o bastante. São os animais seres mutáveis. O
homem é mutável, ele se adequa da forma mais confortável possível
às mudanças geradas pelo ambiente. Desse jeito também são os
outros seres, seleção natural é o que Darwin denominou. Então por
que achar que se pode saber tudo sobre eles do mesmo jeito que se
sabe sobre uma banda favorita, ou um best seller? Eles mudam, sempre
mudaram e sempre irão. Resta a nós compreendê-los e essencialmente
respeitar seus limites para que respeitem os nossos.
Sobre o
blog
Este
é um espaço criado com a única finalidade de mostrar os seres
vivos tal qual se apresentam dentro ou fora de seu habitat. Como se
comportam, suas táticas de sobrevivência, como vem sendo o seu
relacionamento com o homem ao longo da história e que efeitos esse
contato gerou em suas trajetórias até aqui. O Útero é um blog que
evidencia acima de tudo a admiração do moderador/ administrador
para com eles, esperando modestamente que mais pessoas, em algum dia
de suas vidas, os observem mais atentamente e consigam enxergar que a
diferença entre eles e nós, humanos, é praticamente zero. E os
admirem também, e os respeite devidamente, pois afinal: o que há
para não se admirar?
Ao
longo dos dias você poderá, através das postagens, ficar sabendo
de coisas que nunca imaginou serem reais, coisas que pareciam ganhar
vida apenas em histórias, folclores ou fábulas e acompanhar
perspectivas nunca antes vistas sobre os temas mais diversos sejam
eles polêmicos ou não. Este blog trata exatamente desse assunto e
não menos que ele. Aqueles que apreciam poderão acompanhá-lo,
aqueles que o acompanham poderão apreciá-lo. E serão todos
crianças uma vez mais, nos tempos da nostalgia onde a curiosidade
era a base para a evolução.
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