A pele que me cobre

A cruel verdade sobre a origem da bela idumentária de frio. O custo da elegância é o tema da estréia do quadro 'O que eles não te disseram'.

A pele que me cobre A pele que me cobre

Entre búfalos e leões

A 'A vida em seu curso' revela uma análise sobre as táticas adotadas por dois gigantes das savanas africanas na luta pela sobrevivência. Confira no site.

Entre búfalos e leões Entre búfalos e leões

Titulo da Imagem

Apresentando as duas raças da semana. O gato de pelos encaracolados e o cão que veio fugido dos horrores da Revolução Francesa.

Titulo da Imagem Titulo da Imagem

Titulo da Imagem

Pequenos mas preocupantes, eles mostraram que a lista de perigos em uma guerra abrangia um pouco mais do que o esperado. Saiba porque, no primeiro post da nova série '7 surtos'.

Titulo da Imagem Titulo da Imagem

Titulo da Imagem

A magia por trás da lenda. A verdade por trás da magia. Fique por dentro de um dos mais curiosos espetáculos da vida aquática protagonizado por uma gigante da bacia amazônica no novo post de 'A vida em seu curso'.

Titulo da Imagem Titulo da Imagem

Titulo da Imagem

Nova tag 'Arte animal' essencialmente apresenta a natureza como fonte inspiração. Confira as mais diversas técnicas utilizadas pelos artistas do mundo animal!

Titulo da Imagem Titulo da Imagem

domingo, 10 de março de 2013

A arte fluorescente de Iori Tomita



Enquanto isso no Japão

      Do primeiro encontro de um jovem japonês de dezenove anos, estudante de pesca, com espécimes de peixes tornados transparentes em uma faculdade no distrito administrativo de Iwate para fins de melhor estudo surgiu o fascínio pela arte e a ideia de elaborar uma das mais curiosas formas de expressão artística feita com animais de verdade: os animais fluorescentes.


     Utilizando mais de dez compostos químicos diferentes, o pescador e artista Iori Tomita quebra desta forma as proteínas musculares dos organismos, deixando-os transparentes e revelando o esqueleto. Corantes azuis e vermelhos, em especial, dão o toque final nos animais que são coletados já mortos em cais ou através de outros pescadores, pet shops, etc.
     O procedimento pode parecer simples, mas não é. Cada obra de arte é obtida através de um complexo processo de oito estágios que pode durar de três meses a um ano, dependendo do tamanho do animal recolhido.
       E o que resulta de todo esse trabalho? Confira você mesmo.









sábado, 9 de março de 2013

2


Apresentando

Um cão...

O estóico Clumber Spaniel

      De origens ligadas à realeza, este é com certeza o mais longo e mais pesado dos spaniels, podendo alcançar o peso de seis ou sete King Charles juntos.


     Acredita-se que surgiu na França, no início do séc. XVIII antes mesmo do irrompimento da Revolução Francesa e que foi promovido pelo duque de Noilles como batedor e retriever. O duque, preocupado com a segurança da raça chegada a revolução, teria transportado seus exemplares para os canis do Duque de Newcastle, em Clumber Park, Nottinghamshire, Inglaterra. É conhecido que várias famílias nobres residentes daquela região tenham adotado a raça e a utilizado para a caça, como mostram as várias pinturas que datam daquela época. O Clumber Spaniel foi então desenvolvido em território inglês.


       Quanto a aparência, a raça é robusta e de olhar pensativo. Os machos chegam a pesar 38 kg e a medir 50 cm de cernelha, enquanto as fêmeas, ligeiramente menores, oscilam entre 25 kg-32 kg, com cernelha entre 43cm e 48 cm. Gentil e brincalhão, esse cão, embora não seja tão veloz devido ao peso, é um caçador silencioso.

      A coloração é branca com marcas limão, admitindo-se o laranja. Manchas de sarda despontam no focinho e a pelagem é abundante e sedosa, formando franjas nas orelhas, membros e cauda.
Esta é uma raça perfeitamente adaptável a casas, não demonstrando tendência a agressividade, necessitando apenas de espaço para exercício diário.





















...e um gato.

O interativo LaPerm

    Em 1982, em uma fazenda em Oregon, Estados Unidos, nascia em uma ninhada de seis filhotes, um gato estranho aos demais.


       Ele não tinha pelos e suas orelhas eram bastante espaçadas. Seus donos, leigos em termos de genética, ignoraram logo no início o curioso evento, acreditando ser aquele mais um caso de mutação. Com oito semanas de vida, o gatinho adquiria uma pelagem única, com pelos cacheados e sedosos. Passaram-se anos e, curiosamente, foi notado o nascimento de mais gatos como aquele, que se multiplicaram ainda mais com o passar do tempo, visto que andavam livres pela fazenda. Os donos, reconhecendo a singularidade da espécie que tinham em mãos (cujos genes, descobriu-se então, eram dominantes tanto nos machos quanto nas fêmeas), isolaram-na e desenvolveram-na: nascia o LaPerm.


       Vindo em todas as cores e padrões de pelagens reconhecidos, o LaPerm cativa muitas pessoas pelos pelos cacheados chamativos ao toque (algumas pessoas associam a textura ao mohair em vez da seda). Há então duas variedades, os de pelo curto e os de pelo longo, portando longos cachos e ondas por toda a extensão do corpo, até a longa cauda plumosa.
     Este é um gato de corpo musculoso e de temperamento ativo, sempre em busca de atenção e companhia. É doce e afetivo, mas também bastante curioso. O dono de um LaPerm é seguido frequentemente de sala em sala, quarto em quarto. O tipo de gato que senta em cima do computador enquanto usado e abusa da astúcia para abrir portas e alcançar prateleiras.

 


 












quinta-feira, 7 de março de 2013

Gigantes aquáticas



O Truque das Vitórias-régias

        A lua sempre teve seus enigmas, pintada em muitas culturas como uma divindade, em outras como fonte de poderes místicos. Para os tupis-guaranis ela era Jaci, uma deusa que tinha o costume de levar para seu lado as mais belas mortais de uma tribo, transformando-as em estrelas brilhantes. Os tupis-guaranis contam a história de uma índia que ansiava tanto por esse momento que não pensava em outra coisa. Sem nunca ser de fato escolhida, ela definhava em expectativa. Certa noite, ao mirar-se em um igarapé de águas claras viu a imagem do astro refletido e atirando-se nele, se afogou, nunca mais retornando à superfície. A Lua, que a tudo observava, sentiu profundamente pela morte da jovem e apiedando-se de sua sina, transformou-a em um tipo diferente de estrela. Uma planta que se apoia no leito dos rios cujas flores brancas e perfumadas desabrocham tão logo anoitece.
    Apenas uma lenda, certamente. Mas o olhar atento consegue perceber sem dificuldades de onde veio a parte fantástica que a história conta. A magia das vitórias-régias.


        Com folhas circulares bastante resistentes (algumas conseguem suportar uma carga de 40 quilos se bem distribuídos pela sua superfície) e chegando a recordes de mais 2,5m de diâmetro, é fácil saber o porquê de a vitória-régia (Victoria amazonica) ser uma das maiores plantas aquáticas do mundo.
        E realmente única. Sobre a superfície da folha elevam-se bordos de até 10 cm que revelam a parte inferior da planta, espinhenta e avermelhada, apresentando grossas nervuras cheias de ar que atuam na sua flutuação. As folhas são verdadeiros refúgios para animais cansados, ou áreas de caça para as mais variadas aves amazônicas que procuram dali insetos e peixes.



        Mas o mais curioso sobre a planta é o método de reprodução por ela adotado. As flores têm muitas pétalas e se abrem plenamente. Há duas variedades: a branca e a rosa. As flores brancas são femininas, sem pólen, desprendendo um forte aroma que se assemelha ao do abricó, irresistível aos vários besouros que, trazendo colado aos seus corpos pólen das outras flores, banqueteiam-se em seu interior. A flor desabrocha totalmente no fim da tarde e permanece assim até a noite, quando recolhendo as pétalas, acaba também por enclausurar o besouro que ali estava. Não tão ruim assim para o inseto que, embora preso, está a salvo de predadores e pode se fartar do doce néctar.


        Com a chegada da segunda noite ela torna a desabrochar, e agora sua coloração é rosa (flor masculina e com pólen), sinal de que foi então fertilizada. O besouro mais uma vez coberto com o pólen de sua bela prisão, se vê livre para abandoná-la e encontrar novas flores brancas e perfumadas para fertilizar, recomeçando mais uma vez o mágico ciclo.




       
       A flor fecundada é finalmente tragada para debaixo d'água e ali originará o fruto.

       Acompanhe por um documentário da BBC o fantástico processo!