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Entre búfalos e leões
A 'A vida em seu curso' revela uma análise sobre as táticas adotadas por dois gigantes das savanas africanas na luta pela sobrevivência. Confira no site.
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quinta-feira, 29 de março de 2012
Entre búfalos e leões
Entre
Búfalos e Leões
Eles
são protagonistas nos palcos principais das savanas africanas. De um
lado o predador, do outro a frágil presa. Mas será ela tão frágil
quanto pensamos? Descubra as vantagens, as desvantagens e as táticas
adotadas nos dois lados da cadeia alimentar observadas pelos olhos
cautelosos e famintos de alguns dos animais mais durões do reino
animal.
Os
Búfalos
Os búfalos-africanos
(Syncerus caffer) são os primos selvagens daqueles comumente
encontrados na região Norte do Brasil, como é o caso da Ilha de
Marajó, no estado do Pará. Eles são visivelmente mais fortes e
robustos. Também chamados de búfalos-cafre ou búfalos do cabo,
esses vigorosos bovídeos podem chegar a medir 1,80m de altura e a
pesar incríveis 900kg! Isso no caso dos machos. As fêmeas são
ligeiramente mais leves, atingindo os 600 kg. Na África selvagem são
vistos comumente nas pradarias e savanas de alguns países (Etiópia,
Botswana, Moçambique, Zâmbia, Zimbábue, Tanzânia, Quênia,
Namíbia, Somália, África do Sul) sempre em numerosos bandos de 50
a 500 indivíduos.
E é exatamente este
o trunfo do búfalo: o seu número. Fossem eles animais de hábitos
solitários, não teriam muitas chances contra os seus predadores
naturais, leões, leopardos e hienas. A intimidação pelo número é
a principal arma de defesa do búfalo contra tais animais. Os leões
sabem dessa estratégia e fazem dela também a sua, atacando em
grupo, indivíduos que se desgarram ou filhotes mais desprotegidos,
que são facilmente domináveis. Leões geralmente não se atrevem a
encarar um búfalo que esteja entre outros de sua espécie. Pudera,
esses animais carregam na cabeça, chifres ameaçadores de cerca de
100 cm de comprimento, curvando-se primeiramente para baixo e para
fora e em uma segunda forma para cima e para dentro tornando-se mais
finos à medida que se aproximam do crânio. Um búfalo adulto pode
perfeitamente lançar para o alto um leão apenas com o impulso dos
músculos do pescoço e a ajuda de seus chifres, que já têm a forma
certa de uma forquilha. Portanto torna-se errado o ato de observar
estes animais como pacatos ruminantes e presas fáceis aos grandes
carnívoros das savanas. Búfalos não são fáceis de abater, nem
para humanos e muito menos para os impacientes e esfaimados leões.
As causas de sua morte por predação devem então ser julgadas por
outros critérios que não a força física, pois nesse ponto é o
búfalo muito superior ao rei da selva.
Todos já
presenciaram algum vídeo onde algumas leoas caçavam e abatiam um
búfalo africano. No vídeo abaixo, no entanto, elas não tiveram
tanta sorte na caçada no dia. Seu erro? Subestimação.
Os
leões
Pesando algo em torno de 250 kg, chegando a medir 1,20
de cernelha e com presas de 5 cm de comprimento, não é difícil
imaginar porque o leão (Panthera leo) é intitulado o rei das
selvas, muito pelo contrário, fica até muito claro. Apesar de não
ser o maior representante dos felinos (perdendo apenas para os tigres
de bengala e siberianos), o leão é responsável por dezenas de mortes todos os anos na África. Verdadeiras máquinas de matar
ambulantes, os leões se adaptaram muito bem as savanas africanas
encontrando nelas um variado cardápio de antílopes, javalis, zebras
e búfalos. Mas o que será que torna esse animal tão mortal? Será
apenas a aparência intimidante? Provavelmente não. Os leões, assim
como muitos habitantes das savanas, caçam em grupo, as leoas no
caso. Elas são ligeiramente menores que o macho, que se diferencia
pela juba dourada/negra. Uma curiosidade interessante sobre esse adorno é
que quanto mais escuro ele for mais velho será o macho, que poderá atuar como o dominante de um grupo contendo de duas a dezoito
fêmeas, um verdadeiro harém. Elas pesam entre 120 kg e 180 kg e
chegam a atingir 1,10 m de altura. Nas caçadas as leoas adotam
táticas de emboscada onde todas participam e encurralam a presa
escolhida, preferencialmente a mais isolada, idosa ou jovem, chegando
a atingir assustadores 80km/h. Porém, quando a fome aflige, essas
corajosas fêmeas são capazes de atacar animais muito maiores que
elas próprias, sempre visando os flancos e o pescoço (os primeiros com o intuito de forçar o animal a ceder, tornando-o assim facilmente
subjugável). Abatida a caça, o leão, que observava de longe todo o
empenho, aproxima-se. E é dele o primeiro pedaço. As leoas que
tanto trabalharam pela refeição se veem obrigadas a se contentar
com o que o macho quiser deixar para elas.
Todavia, não são raras cenas de leoas caçando sem o
macho a acompanhá-las. Nesses casos, a partilha é feita na hora e
até os filhotes se arriscam a tirar a sua parte, como mostra o vídeo
abaixo, gravado à noite.
Sejam búfalos ou leões, a busca pela sobrevivência é
latente na natureza selvagem. Na África, onde a lei do mais forte
define o status de cada espécie, a sorte é constante aliada das
criaturas que vagam, as bocas famintas. E são muitas as bocas para
alimentar. Ás vezes basta-se apenas abaixar a cabeça para se fartar
com a grama viçosa que cresce alta acima do solo, em outras a
necessidade induz ao planejamento. Cada passo conta, cada fôlego tem
de ser controlado até o momento certo para o ataque. Cada caçada é
decisiva na savana, o calor treme a atmosfera, acelera o sangue e
apura os sentidos. Os animais mostram o melhor de si todos os dias,
seja na investida ou na fuga e há sempre os dias da caça e os do
caçador.
Uma África de búfalos e leões, um lugar não tão
diferente dos mais ecossistemas, mas igualmente exigente.
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